Ainda que seja uma advertência clássica, raramente ajuda, e muitas vezes prejudica. Memórias doloridas do passado nunca são completamente retiradas ou esquecidas.
Assim, a tarefa é recusar que essas lembranças controlem e influenciem o comportamento atual. Guardar raiva e ressentimento é paralisante. Retarda o crescimento e interfere na capacidade de crescer como uma pessoa amável. Por outro lado, perdão cria a liberdade para entrar na novidade da vida. Lewis Smedes descreveu esse processo com exatidão: “A prova do perdão está na cura da dor constante do passado, não no esquecimento do passado”.
Motivos para Perdoar
Existem tantos motivos válidos para escolher o perdão como uma resposta à dor ou injúria. Dois motivos importantes são teológicos e pessoais.
Alguns dos motivos teológicos mais fortes foram articulados, até surpreendentemente, na revista Time. Essa revista secular fez uma reportagem sobre a visita do Santo Papa João Paulo II, a Mehmet Ali Agca, o homem que atirou nele.
Os autores da Time, numa série de frases desafiadoras, articularam motivos teológicos sólidos para o perdão. Descrevendo a ação do Santo Padre, eles declararam: “Esse drama surpreendente de perdão e reconciliação não foi somente um ato particular, mas também uma mensagem ao mundo”, um testemunho à essência de Cristianismo.
Os escritores desafiaram seus leitores recordando que perdão não é uma reação humana normal: errar é humano, perdoar é divino. A escolha de perdoar o outro reflete Jesus, que perdoou seus inimigos na cruz.
A Time declarou que amar os inimigos está no “centro do Novo Testamento”. Perdoar os inimigos foi a mensagem constante de Jesus Cristo. Perdão, como um valor, separa os Cristãos de muitas outras religiões e culturas.
A Time continuou: “Perdão realmente é uma transação profunda. É o modelo para um relacionamento com Deus que funciona… Não perdoar é se condenar a uma repetição gaguejante do mal”.
Parece estranho que esses fortes motivos teológicos do perdão sejam detalhados numa revista secular. Entretanto, o conceito de perdão está sendo apresentado muitas vezes em revistas pela mídia secular. O programa de televisão americana “20/20” (similar ao Globo Repórter) recentemente fez uma reportagem elogiando o valor de perdão e mostrando que a “terapia de perdão” tem um sucesso fenomenal. Os comentários dos repórteres Hugh Dows e Deborah Robert foram esses:
“Estudos mostram que deixando de lado a raiva e o ressentimento está reduzida a severidade de doenças cardíacas e, em alguns casos, poderá prolongar as vidas de pacientes com câncer. Parece que perdão pode ser um meio para uma vida mais sadia”.
E nós ainda diríamos: uma comunidade mais sadia!
O Departamento de Psicologia da Universidade de Wisconsin, num relatório recentemente publicado sobre uma pesquisa que fizeram, desafia todos os Cristãos: Perdão interpessoal no Cristianismo é análogo à forma divina. Como uma pessoa é perdoada, ele ou ela deve praticar perdão aos outros. O perdoador, (aquele que perdoa) também experimenta a paz.
O estudo rasteia uma compreensão de perdão através de uma variedade de culturas e religiões e conclui que perdão é um valor autenticamente cristão.
(Trecho do Jornal do Evangelizador, colaboração Prof. Dewet Virmond Taques Junior)
Fraternalmente,
Grupo Fraternidade EMC.
Trabalhando por uma Humanidade mais feliz!
* Responsabilidade escrita, revisão, edição – Discípulo Elias
* Digitação, revisão – Patricia Kelly Hasselmann