O Salmo 133
Seu significado e sua importância para a Ordem
– Parte II –
Ele nos diz:
1. “OH! QUÃO BOM E SUAVE É QUE OS IRMÃOS VIVAM EM UNIÃO.
2. É COMO O ÓLEO PRECIOSO SOBRE A CABEÇA, QUE DESCE SOBRE A BARBA, A BARBA DE ARÃO, E QUE DESCE À ORLA DOS SEUS VESTIDOS.
3. É COMO ORVALHO DE HERMON QUE DESCE SOBRE O SIÃO; PORQUE ALI O SENHOR ORDENOU A BENÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE”.
Começando pelo versículo 1:
“Oh! Quão bom e suave é que os irmãos vivam em união”.
Para os povos antigos da região que é cenário das passagens bíblicas a palavra “IRMÃO” apresentava significado especial. E talvez mais que todos os outros povos, o povo hebreu dava muita importância a unidade familiar, sendo esse um ideal perseguido com o maior empenho: o de que irmãos habitassem em união.
A palavra ‘irmão’ na língua hebraica é sinônimo de ‘dor’ = nascem da mesma mãe, com a mesma unidade de dor = irmão; todos somos irmãos.
Quando um filho da tribo casava, não abandonava a tenda do pai, e sim montava sua tenda ao lado dela.
Assim como os irmãos de sangue sentiam necessidade de unir-se em torno do templo familiar, a filosofia Maçônica adotou essa experiência para ensinar aos seus membro o cultivo do hábito de estarem sempre juntos como única família.
Dessa forma, fica claro para nós que VIVER EM FRATERNIDADE é um dos princípios alicerces mantenedores da Unidade Maçônica, uma vez que sem a união fraterna não haverá Maçonaria.
O versículo 2 nos fala:
“É como o óleo precioso sobre a cabeça. Que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla dos seus vestidos”.
Aarão era bisneto de Levi, daí dizer-se que era da “casa de Levi”. Era irmão mais velho de Moisés e filho primogênito de Amrao e Jacobel. Ajudou Moisés a libertar o povo hebreu do cativeiro egípcio. Foi seu intérprete junto ao Faraó do Egito e os Anciãos de Israel.
Foi o fundador do sacerdócio hebraico e por isso passou a ser o patriarca da classe sacerdotal. seu nome significa iluminado, elevado, sublime.
Após a libertação dos israelitas do jugo egípcio, os primogênitos foram escolhidos para o sacerdócio do Senhor, tornando-se uma instituição definitiva ratificada com a construção do Templo.
Era marca de distinção, respeitabilidade e virilidade entre os judeus o cabelo e a barba compridos. Ainda hoje pode-se observar isto junto aos judeus ortodoxos.
A Bíblia sempre fala do óleo de unção usado nas cerimônias de consagração dos sacerdotes: “… e os ungirás, investindo-os e consagrando-os para que me sirvam como sacerdotes”.
(Ex:28.14) e “…tomarás o óleo da unção e o ungirás derramando sobre a sua cabeça” (Ex:28,29)
Além disso, a importância do óleo aparece no nascimento com a unção do recém nascido, no casamento com a unção do corpo para as núpcias, na morte com a unção do corpo como preparação para o sepultamento, e na unção do visitante. Esse óleo era uma mistura de mirra, junco odorífico, cássia e azeite de oliveira, com perfume inebriante.
Quanto maior era a importância que se dava à unção maior era a quantidade de óleo usado, fazendo com que escorresse pelos cabelos, pela barba, descendo e embebendo as vestes.
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(Valiosíssimo Trabalho do Ir.’. Luiz Carlos Pereira A.’.M.’. ,
da A.’.R.’.L.’.S.’. Monte Moriah Nº80, da Revista Entre Colunas)
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Obs: Na sequência postaremos a finalização com a Parte III.
Fraternalmente,
Grupo Fraternidade EMC.
Trabalhando por uma Humanidade mais feliz!