Caros leitores,
Na reunião semanal de hoje, quarta-feira dia 04/06/2014, apresentamos a continuação do tema da hipnose, em algo da história da hipnose.
Franz Mesmer (1734-1815) é considerado o criador da era moderna do hipnotismo. Após se formar em Medicina, defendeu que um fluído misterioso preenchia todo o Universo e influenciava os seres vivos, depois afirmou que um magnetismo estaria relacionado à hipnose, mas acabou caindo em descrédito.
Do pêndulo às metáforas, os primeiros registros de transes induzidos remontam à Antiguidade. No Egito ficaram famosos os “Templos do Sono”, nos quais as pessoas eram adormecidas e recebiam sugestões. Em civilizações como na Índia, Pérsia, Caldeia, China, Grécia e Roma, os transes eram induzidos por sacerdotes, e os fenômenos psíquicos eram vistos como sobrenaturais.
No século X, o médico filósofo árabe Avicena, divulgava que a “imaginação humana tinha poderes e força, e só através dela se poderia agir sobre o corpo humano”.
A hipnose só começou a perder o tom de misticismo do século XVIII, James Braid (1795-1860). Deve-se a ele o primeiro conceito científico da hipnose. E foi este médico inglês que cunhou o termo à partir do grego “hpnos” (sono).
A definição estava errada, uma vez que em estado de transe a pessoa não está dormindo, mas entre a vigília e o sono. Ele percebeu seu erro, mas não conseguiu modificá-la.
Joan Martin Charcot (1825-1893) definiu na Escola de Paris, que a hipnose era atribuída na história e acabou menosprezando as possibilidades terapêuticas. E que a corrente de estudos que existia e constatou que a sensibilidade à hipnose era parte do comportamento normal de qualquer pessoa.
Hipnose, Anestesia e Dor
A aplicação mais eficaz e também a mais comprovada cientificamente é para a analgesia e anestesia. Pacientes com dores crônicas como enxaqueca, fibromialgia ou com câncer, podem se beneficiar do tratamento.
Como a dor é uma sensação é possível, por meio da hipnose, diminuir a intensidade ou modificá-la para uma outra sensação, como peso, afirma o clínico geral João Figueiroa, do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas de São Paulo.
“O nosso cérebro, assim como um rádio, tem canais de percepção dos estímulos. Ao girar o dial, a pessoa vai ouvindo um chiado até o momento em que ouve uma nova estação e não mais a anterior. Com a sensação dolorosa, pode ocorrer isso; selecionamos um outro canal sensorial no qual a pessoa não é tão perturbada pela dor”.
Pacientes com câncer costumam ainda ter um outro problema que é a interpretação da dor como um agravamento de sua doença. Nesse caso, a hipnose pode servir para acalmá-los e melhorar a sua qualidade de vida. “Eu posso interferir para que essa cognição, que frequentemente é falsa, não mais perturbe a pessoa”.
E não é só durante o transe hipnótico que ocorre o alívio da dor. Duas coisas podem ser feitas para prolongar o efeito: deixar uma mensagem pós hipnótica ou ensinar o paciente a se auto hipnotizar. “No transe digo alguma coisa que tenha efeito depois que a pessoa sair desse estado. Seu cérebro estará condicionado a agir do mesmo modo que agiu durante a sessão, toda vez que voltar a sentir a dor”.
Além disso, existe o chamado “signo-sinal”, uma espécie de gatilho que pode reavivar todo o processo e é útil, principalmente para os casos em que a pessoa não consegue dormir por conta da dor.
“Ensinamos que toda vez que ela quiser dormir, basta que conte: três, dois, um, zero. E um sono fisiológico normal induzido pela hipnose. Mas a mensagem tem que ser bastante especial e específica, porque do contrário, no dia em que o paciente estiver ouvindo uma contagem regressiva pode cair no sono”. Parece brincadeira, mas Figueiró conta o caso de uma pessoa que foi induzida à mensagem pós hipnótica, com uma luz vermelha piscando numa determinada frequência. “Um dia ela estava na estrada, ficou atrás de um ônibus que ficava muito, dormiu e sofreu um acidente.
(Por Giovanna Girardi, adaptado e esquematizado pelo escritor Jalil Kamel Elias Bou Assi)
Fraternalmente,
Discípulo Elias.
Grupo Fraternidade EMC.
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