Caros leitores,
Segue abaixo a continuação da reunião de ontem, quarta-feira dia 02/07/2014, onde apresentamos a continuação do tema da hipnose; na sequência sobre o ponto de vista acadêmico.
A Hipnose, além de econômica, de um modo geral, serve como coadjuvante em tratamento com remédios e até mesmo em outras terapias. Sozinha, ela não resolve, mas pode fazer com que aos poucos o paciente dependa menos dos medicamentos.
Pensando nisso, o Hospital Municipal dos Servidores Públicos de São Paulo, abriu em 1999 um serviço de hipnose, coordenado pela Clínica Geral Regina Cosentino; o setor atende em média 40 pacientes por mês, encaminhados por todos os outros setores do hospital. Segundo ela, a maior demanda é por síndromes dolorosas (incluindo câncer), seguidas por depressão, ansiedade e doenças da pele.
A obstetrícia é outra área que também recebe especial atenção, tanto no hospital quanto em outras clínicas, “é o parto sem medo e sem dor”, afirma Maia. Nós preparamos a mulher no pré-natal e depois de aprovada, aprofundamos a hipnose no momento que acontece o parto impedindo dor e hemorragia.
Preconceito Acadêmico:
Apesar de todas essas evidências, ainda existe uma boa dose de preconceito contra a sua aplicação. Em parte, isso é justificado tanto pelo histórico de charlatanismo promovido pelos espetáculos de palco, quanto pela falta de conhecimento das pessoas e profissionais da área sobre o procedimento.
Mas além disso, ainda não existe uma definição satisfação sobre o que realmente é a hipnose, do ponto de vista fisiológico. Este vazio começou a ser preenchido nos últimos anos, quando houve um aumento de pesquisas. “Com respeito aos mecanismos, aprendemos nos últimos cinco anos mais do que aprendemos desde 1766 e sabemos que temos muito ainda para entender”, afirma Mello.
Michael Nash, editor do “International Journal of Clinial and Experimental Hypnosis”, concorda: “Nos círculos científicos, a hipnose tem ganhado muito destaque nas últimas duas décadas”. Entretanto o preconceito ronda as próprias publicações científicas. Um bom exemplo é o que ocorreu com Stephens David, respectivamente das Universidades de Harvard e Stanford, nos E.U.A.
Em 1998 eles encontraram uma prova definitiva de ação cerebral da hipnose. Por meio de ‘pet’ eles determinaram mudanças no cérebro, quando pessoas em transe eram sugestionadas a acreditarem que uma placa colorida, era preta e branca. O estudo foi rejeitado nas duas maiores revistas científicas e levou três anos para ser publicado.
Ainda há muita resistência contra a hipnose, mas acredito que isso seja um contínuo ao longo da história. “A demanda sempre foi muito grande, mas os métodos muito pouco embasados”, lamenta Kosslyn à Galileu.
(Adaptado e esquematizado pelo escritor Jalil Kamel Elias Bou Assi).
Na próxima semana divulgaremos um trauma e relato sobre um estado de transe em consultório médico para finalizar o estudo da hipnose.
Fraternalmente,
Discípulo Elias.
Grupo Fraternidade EMC.
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